segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Poema Grego

Não nasci
para fazer cantar
apenas
as doces sereias,
os vinhos e os versos
de um vasto império,
no dedilhar eterno de uma lira.

Sou, em trevas,
sentinela que anuncia
o fim de uma era,
em pleno enlace com o tempo,
festim violento
que destroça e gera,
no berço mais profundo
das raízes do mundo,
a rosa eterna,
inicial.

"André Setti"

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